sábado, 21 de julho de 2012

MESA BRANCA E KARDECISMO - DIFERENÇAS

MESA BRANCA
Mesa Branca é a prática da mediunidade espiritualista com base nos ensinamentos de Jesus e desenvolvida a partir das orientações de um ou mais guias espirituais (espíritos ou entidades que cuidam dos trabalhos da casa). Apesar de estar presente em alguns cultos religiosos sob o nome de “Umbanda de Mesa” e “Sessão Astral”, a Mesa Branca é praticada de forma independente e normalmente não está ligada diretamente a qualquer religião.

A “mesa” em si é um objeto indispensável nas sessões uma vez que serve de apoio e contato material para os trabalhos de um modo em geral. É, em volta da “mesa”, que os médiuns se reúnem para uma sessão; é a partir dela que é realizado um estudo, uma preleção, uma consulta ou uma comunicação mediúnica; é através dela, ainda, que os médiuns realizam seus trabalhos e é sobre ela que são colocadas as oferendas; é, enfim, por meio de uma mesa, que se faz o desenvolvimento e a aplicação da mediunidade espiritualista dentre os seus adeptos.

A prática de reuniões frívolas e trabalhos malfazejos que alguns realizaram no passado através do mediunismo de mesa, foi um dos motivos pelo qual se adotou largamente “a cor branca” para diferenciar e demonstrar a boa natureza das sessões promovidas pela casa. A cor branca, segundo a cromoterapia, indica claridade, pureza e iluminação; representa a inocência, a verdade e a integridade do mundo; simboliza o caminho e o esforço em direção à perfeição. É indicada para cura em geral, purificação e abertura à luz. Daí segue o motivo do nome: “mesa branca”.

MESA BRANCA E ESPIRITISMO

Existe uma confusão muito grande em relação a Mesa Branca e o Espiritismo e isso talvez seja motivado pela semelhança que existe em alguns pontos, como por exemplo a comunicação mediúnica com os espíritos e a crença na reencarnação. O Espiritismo é uma doutrina científica e filosófica codificada em 1857 por Allan Kardec.

A Mesa Branca, por sua vez, é uma doutrina essencialmente religiosa, desenvolvida a partir das práticas mediúnicas do chamado moderno espiritualismo, não tem regras como no Espiritismo, as quais não permitem que seus adeptos estudem ou apliquem procedimentos que não constam em sua codificação. A Mesa Branca é uma prática livre que adota ensinos e procedimentos de outros seguimentos religiosos segundo as orientações dos seus guias. A Mesa Branca é o produto aprimorado daquilo que se conhecia por mediunismo de mesa, cuja raízes surgiram muito antes de Kardec, que até então era conhecida por “telegrafia espiritual”, e depois, por “mesa girante” ou “mesa falante”, foi a responsável por chamar a atenção de Kardec e outros pesquisadores para o fato das manifestações dos espíritos ocorrerem a partir das mesas.

O QUE A MESA BRANCA ACEITA E O ESPIRITISMO NÃO

Algumas diferenças básicas entre um e outro:

1º LIVRE PENSAMENTO e MEDIUNIDADE ABERTA. Em termos de ensino filosófico e prática mediúnica, a Mesa Branca aceita tudo o que os seus guias revelam nas sessões e as mantém como verdades e úteis a instrução de seus adeptos até que se prove o contrário pela experiência prática. O Espiritismo não, uma vez que está preso unicamente aos assuntos de sua codificação, regras estas bem definidas e das quais não se pode afastar.

2º ENERGIA dos ELEMENTOS. A Mesa Branca crê e trabalha abertamente com as energias vibratórias dos quatro elementos (Terra, Ar, Fogo e Água). O Espiritismo não.

3º ENERGIA dos NÚMEROS e das CORES: A Mesa Branca crê e trabalha abertamente com a vibração dos números (numerologia) e das cores (cromoterapia) . O Espiritismo não.

4º ENERGIA das OFERENDAS. A Mesa Branca crê e trabalha com a faixa vibratória produzida pelas oferendas. O Espiritismo não.

5º INFLUÊNCIA dos ASTROS. A Mesa Branca crê e trabalha com a faixa vibratória produzida pelos Astros (Astrologia) . O Espiritismo não.

6º IMAGENS, VELAS, CRISTAIS e INCENSOS. A Mesa Branca crê e trabalha com a influência das imagens, com a força vibratória produzida pelas velas, com o poder dos cristais e com a harmonização ambiente produzida pelos incensos. O Espiritismo não.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

DEFUMAÇÃO DA CASA

COMO FAZER UMA BOA DEFUMAÇÃO

A defumação é um dos recursos mais antigos e eficientes para a limpeza
astral dos ambientes. A fumaça das ervas transmuta as energias negativas que
se acumulam no lar e acabam causando sensações de peso e desconforto,
cansaço, insônia ou irritabilidade em seus moradores.

Material para o defumador
> Uma lata de conserva perfurada dos lados e com uma alça de arame
> Carvão vegetal
> Álcool

Ingredientes usados na defumação
> Arruda
> Manjericão
> Cascas de alho
> Alecrim
> Pedrinhas de incenso, de benjoim ou de mirra

Preparação para a defumação
Antes de iniciar a defumação, é preciso preparar o banho de ervas que será
usado no fim do processo. Coloque para ferver dois litros de água. Assim que
a ebulição começar, apague o fogo e jogue um punhado de folhas das ervas
arruda, manjericão e alecrim. Tampe a panela e deixe amornar.

Procedimento
> Feche as janelas e portas da casa antes de iniciar a defumação. Se for
noite, acenda todas as luzes.
> Coloque pedaços de carvão na lata, regue com um pouco de álcool e ateie
fogo.
> Quando o carvão ficar em brasa, jogue algumas folhas de arruda.
> Em seguida, coloque um ou mais de um dos ingredientes para queimar - as
cascas de alho, as folhas de manjericão, os ramos de alecrim ou as
pedrinhas.
> Comece a defumação a partir dos fundos da casa. Movendo a lata em
círculos, percorra cada cômodo e espalhe a fumaça por todos os cantinhos.
Faça a oração de sua preferência enquanto defuma o lar.
> A defumação se encerra diante da porta da casa, onde você diz uma prece
para selar a limpeza. Repita três vezes: Que saia tudo de nove a sete, de
sete a cinco, de cinco a três, de três a um, de um a nenhum, em nome de
Deus.
> Deixe a casa fechada por mais cinco minutos e então abra portas e janelas
para o ar renovar-se.
> Terminado o trabalho, tome um bom banho para retirar o cheiro de fumaça.
Dê a última enxaguada com a infusão de ervas que preparou previamente.

Vista roupas limpas e coloque para lavar as que usou durante a defumação.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O DIABO EXISTE?

As respostas bíblicas para esta pergunta são ambíguas e vagas. Isto porque alguns defendem que a Bíblia não deve ser lida literalmente, o que dá margem a inúmeras interpretações. Mas geralmente os cristãos acreditam piamente na existência de uma entidade que encerra em si a essência da maldade. Sem perguntar como é possível que um ser criado santo e puro pudesse se tornar algo completamente perverso e egoísta, saem por aí proclamando causas externas a coisas que são da responsabilidade dos humanos.

Comecemos nossa análise pela Bíblia. É fato que o nome de Satã-e seus supostos heterônimos - são mencionados na Bíblia. A maioria das pessoas esclarecidas atribui isso a uma espécie de mal interior, o que me parece bem mais coerente. Outros dizem arbitrariamente que se trata de um ser real, existente em si mesmo e independente de nós. É interessante notar que as menções ao Diabo, Satanás, Demônio, são abundantes no Novo Testamento, mas não no Antigo. O tal anjo caído é citado claramente primeiro no livro de Jô. Além deste livro, aparece também no livro de Crônicas e no livro de Zacarias. Uma vaga aparição é aquela da serpente do livro de Gênesis e outra no livro de Isaías. Existem referências a Satã em alguns textos apócrifos Hebreus, como no livro dos Jubileus (entre 135 a.C a 105 a.C) e no Testamento dos Doze patriarcas (entre 109 a.C e 106 a.C) e na literatura apocalíptica judaica.

Os cristãos se atiram numa batalha ferrenha contra Satã, mas não os antigos hebreus. A luta dos antigos hebreus inicialmente era contra os ídolos, não contra os demônios. E para os hebreus os ídolos eram apenas estátuas e a adoração a eles era proibida simplesmente porque desagradava a Deus. Ao que parece os hebreus não tinham uma noção de mal absoluto antes da era de Jó. E por que será? Perguntaria um espírito crítico. No tempo de Jó os hebreus estavam cativos na Babilônia e provavelmente tiveram contato com outras culturas, como a persa, absorvendo da idéia de Ahriman, o “mal intencionado”, o deus do mal de Zaratustra, como sendo o culpado do mal que eles estavam sofrendo. Mas diferentemente do que é para os cristãos o Deus dos hebreus não era um deus todo bondoso. Ele era a causa de todas as coisas, tanto boas como ruins. Em Isaías está escrito: “eu crio a luz e a escuridão. E faço tanto o bem como o mal. Eu, o Senhor, faço todas estas coisas” ( Is; 45.7). Assim, para os hebreus, o demônio era como um empregado de Deus. Além do mais, a palavra Satanás não é um substantivo próprio. Para os antigos hebreus, o tal adversário era uma espécie de promotor com a função de acusar os réus no dia do julgamento ou testar a fé dos humanos. Mas aqui ele não tem liberdade pra fazer o que bem quer, ele só faz o que Deus ordena. Também o é o vocábulo grego “Diabolos”, donde surge “Diabo” que é a maneira da qual Satã é chamado no Novo Testamento. Esta palavra significa “acusador”, ou seja, promotor. Existem partes muito interessantes na Bíblia que provam isto e que geralmente é negligenciada pelos crentes. Existem claras referências a um “espírito mal da parte de Deus” (Jz 9.25, 1Sm 16.14, 18.10 e 19.9). Qual é o deus bondoso que mandaria espíritos malignos atormentar seus filhos?

No caso da serpente do Gênesis, é provável que Moisés, o suposto autor do Pentateuco, sequer conhecesse a lenda de Satã. Muito menos Abraão, o patriarca do povo judeu. Se Satanás é mesmo um ser real, porque Deus esconderia esta verdade dos seus servos mais amados? É curioso que o relato da queda dos anjos deveria ser dito no primeiro livro, mas somente no Apocalipse de São João, o último livro da Bíblia é que se conta, supostamente, a queda dos anjos. E é somente neste livro que se diz que a serpente do Gênesis é o mesmo Satã. Inspirações divinas à parte, porque parece que somente as pessoas do tempo do apóstolo João sabiam de tal coisa? É provável que o relato do Gênesis seja simplesmente uma fábula, já que serpente em hebraico diz-se "nahash", que é sinônimo de "astúcia". Assim sendo pode ser que o que Moisés queria dizer é que a astúcia dentro do homem é quem disse para eles desobedecerem a Deus. Tudo não passa de uma sábia alegoria. Os antigos judeus não acreditavam em um mal em pessoa.

E quanto ao Novo Testamento? Os apóstolos de Jesus dão muita ênfase ao Diabo, até mais que a Deus. No tempo de Jesus existiam muitos dos já citados textos apocalípticos. Nestes textos dava-se muita importância aos demônios, mas eram apenas histórias populares e literárias. No entanto a elite judaica assimilou muitas das crenças populares presentes nos textos apocalípticos e incorporaram à religião, mas logo abandonou estas crenças, povo novamente Satã como um ser abstrato, a despeito do cristianismo, que continuou batendo nessa mesma tecla por milênios. Mas ao que parece, para os cristãos primitivos o Diabo também era um ser abstrato, inclusive no apocalipse de São João e na passagem da tentação de Cristo. Para Paulo de Tarso, não deveríamos confiar em anjo algum, sendo que o Cristo já tinha vindo para ser o mediador entre os homens e Deus, ou seja, os anjos eram totalmente inúteis. Talvez ele conhecesse a lenda de Satã, mas não lhe dava muita importância e nem fazia distinções entre anjos bons e maus. Somente depois que os apóstolos morreram é que os cristãos demonizaram os deuses pagãos Asmodeu, Astaroth, Baal, Baal-Berith, Dagon, Moloch entre outros, que para os hebreus eram apenas estátuas. Até o deus Poseidon dos gregos foi demonizado e seu tridente, um mero instrumento de pesca, se tornou um símbolo do Mal e os deuses pagãos foram mostrados como demônios ou o próprio Satã tentando usurpar para si os louvores que eram de Deus "por direito".

Para alguém que se baseia na razão para explicar a realidade fica claro que a idéia de demônios foi absorvida pelo contato com outras culturas. Em nenhum momento, além do livro de Jó, fala-se claramente de um "mal em pessoa" e só uma menção ao Diabo em toda a Bíblia não é bastante para validar sua existência. "Em nenhum momento não!", diria um crente. "E o Apocalipse?". O trunfo dos cristãos é o texto escrito por São João onde se fala muito sobre um tal "dragão", duas bestas e um Anti-Cristo, que são identificados como sendo o próprio Belzebu. Conta também um relato sobre umas estrelas que foram jogadas na terra, que os cristãos dizem ser uma evidência da batalha no céu. Neste texto Satã é desmascarado, suas origens e ambições são mostradas e ele é identificado com a antiga serpente do Gênesis. E agora? Como duvidar da existência de Satã diante de "provas" tão convincentes? Será mesmo? É interessante que o trunfo dos cristãos se torne meu golpe de misericórdia no Diabo como é compreendido hoje.
O que nos diz o Apocalipse?

“E viu-se um sinal no céu: uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. E estava grávida e com dores de parto e gritava com ânsia de dar à luz.
E viu-se outro sinal no céu, e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete diademas.
E sua calda levou após si a terça parte das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe devorasse o filho.
E deu a luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.
E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.
E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão; e o dragão batalhava com seus anjos, mas não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou no céu” (Apocalipse 12.1-8).


Este trecho causa arrepio nos cristãos e torna-se a prova definitiva da existência de Satã e da queda dos anjos, porém eu nunca vi uma interpretação mais irrisória em toda minha vida sobre um texto tão profundo como este. Convém lembrar aos esquecidos que o Apocalipse é um texto esotérico, não no sentido atual, que geralmente remete a feitiçaria e misticismo, mas no sentido que era para os gregos. Esotérico vem de uma palavra quase homônima do grego, que quer dizer "ensinamento reservado aos discípulos de uma escola, que não podia ser comunicado a estranhos"(ABBAGNANO). Era, portanto, dirigido aos cristãos e, por isso, comunicado numa linguagem que os romanos não entendessem. Tentar interpretá-lo de maneira tão simplória é no mínimo uma sandice.

Joguemos luz, então, sobre o que diz realmente o Apocalipse. É preciso ensinar estes cristãos a ler, para que não saiam por aí dizendo coisas que não foram ditas na
Bíblia, "pondo palavras na boca de Deus". Note que o texto fala de um "varão", que "há de reger todas as nações com vara de ferro". Quem seria este varão senão o próprio Jesus? Bem, isso nem eu o nego. Note também que há um "dragão", que os crentes insistem em dizer que é Satã, o mal encarnado. O texto fala que o dragão persegue uma mulher para impedir o varão de nascer e depois houve uma batalha no céu. Alguém notou algo estranho? A tal batalha aconteceu depois que Jesus nasceu e depois até que ele morreu ("o seu filho foi arrebatado para Deus"). Se antes de Jesus nascer e morrer Satã ainda não tinha sido expulso do paraíso, quem foi o anjo caído que tentou Adão e Eva? Como Satã pôde ter feito isso se a ainda não era um anjo rebelde e ainda não tinha lutado contra Deus e seus anjos?

O texto parece contraditório, mas não o é. Está em contradição apenas com o que foi nos ensinado, com coisas que não foram ditas na Bíblia. Foi-nos ensinado que Satã foi expulso do céu antes da criação do mundo, mas em lugar algum da Bíblia diz isso, mas diz o contrário, que foi bem depois. Foi-nos ensinado que o Diabo flagela pessoas no inferno, mas na seqüência o texto diz que o dragão foi lançado na terra (Ap 12.9). Foi-nos ensinado que Satã é um ser real, mas este texto não diz isso.

O que nos diz o apóstolo São João? Primeiramente o apóstolo nos fala em "céu" e "terra". Mas o céu e a terra são o mesmo lugar, pois se referem a estados de espírito. Céu é um lugar de pureza, de beatitude, excelência, onde vivem aqueles que obedecem aos mandamentos de Deus. Distantes da terra, que é um lugar de pecado, egoísmo, perdição, mundo sensível da matéria, enfim, é o que chamamos de "mundano". Mas a Bíblia afirma que ninguém está isento do pecado, por conta da desobediência dos nossos primeiros ancestrais, nem mesmo os santos. O Dragão é o símbolo do pecado, mas não um ser que existe independente de nós. Ele estava tanto no "céu" como na "terra", e por estar mesmo entre os mais santos conseguiu arrastá-los para o mundo do pecado ("sua calda arrastou após si a terça parte das estrelas do céu -os santos-e lançou-as sobre a terra"). Note que as estrelas a que João se refere não são anjos, caso contrário o apóstolo iria entrar em contradição ao dizer que os anjos foram expulsos, depois da batalha, para a terra, pois, afinal, como os anjos poderiam ser jogados na terra se eles já estavam na terra antes da batalha?

Depois o livro diz que "Miguel e seus anjos batalhavam contra o Dragão". Miguel, ou Mikael para os íntimos, significa "o que é igual a Deus" em hebraico. E quem seria igual a Deus senão o próprio Jesus, o Cristo? Provavelmente os Testemunhas de Jeová estavam certo ao afirmarem que Miguel é o próprio filho de Deus. Depois de vencer o Dragão, Jesus, ou melhor, Miguel o expulsou do céu. Isto quer dizer que aquele que aceitasse Jesus como seu salvador agora estava em um céu onde não existia pecado, sendo que o Dragão foi expulso do coração dos santos e hoje vive somente na terra, entre os pecadores mundanos. Ao morrer Jesus venceu o pecado, na forma do Dragão, juntamente com seus seguidores (anjos): "eles o venceram pelo sangue do cordeiro", ou seja, Jesus já estava morto quando venceu o Dragão.

Existe ainda o enigma da mulher. Quem disse que se tratava de Maria deve estar um pouco arraigado nos credos católicos. A mulher tinha uma "coroa de doze estrelas", o que simboliza as doze tribos de Israel. Jesus, o dito Messias, veio do seio do povo Judeu, simbolizado pela mulher. Depois de expulso o Dragão perseguiu a mulher (Ap 12.13). Não conseguindo pegá-la perseguiu os filhos dela (Ap 12.17), ou seja, os cristãos.

O Apocalipse nos de Satã e que ele foi expulso pelo "sangue do cordeiro". Não há nenhum anjo rebelde aqui, é apenas o pecado no homem. Ele já existia antes de Jesus vir ao mundo e é a "antiga serpente, o diabo e Satanás". Era o egoísmo recôndito no coração do homem, que somente muito tempo depois é que foi expulso do convívio daqueles que guardam os mandamentos de Deus.


E quanto à tentação do deserto? Não foi Jesus, o Cristo tentado por um Mal real? Provavelmente se tratava de um mal interno como os outros demonstrados aqui. "Mas como?"- Perguntaria um crente-"se Jesus, o filho de Deus não tinha nenhum mal interior para que pudesse tentá-lo? Somente um mal exterior poderia fazer isto." Não é bem assim. A Bíblia às vezes mostra-se contraditória e surpreendente. Veja o que diz Lucas 18; 18,19:

"E perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus."

Aqui Jesus confessa claramente que ele também tem maldade dentro de si. Sendo assim, pode ser que fosse mesmo o mal interior de Jesus que o tentava no deserto. Sem contar que esta passagem é um plágio descarado da tentação de Buda. Conta a lenda que, sentado sob a árvore Bo, Gautama Sakyamuni, o Buda, estava prestes a atingir o Nirvana quando foi tentado pelo deus Kama-Mara (Desejo, ou Amor e Morte), para que se desligasse de sua busca. Muitos identificam este deus com um demônio. Também Jesus foi chamado ao deserto como uma forma de peregrinação espiritual. Não me parece que exista apenas coincidência nestas duas histórias.


Outra parte que é citada pelos cristãos é no livro de Isaías. No capítulo 14, versículo 12 ao 15 diz:

12. Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha alva do dia? Como foste cortada por terra, tu que debilitavas as nações?
13. E tu trazias no teu coração: eu subirei ao céu, por cima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, na banda dos lados do norte.
14. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.
15. E contudo derribados serás no inferno, ao mais profundo do abismo.

Eis o trecho que suscitou incontáveis disparates. Aqui são mostrados os motivos que levaram Satã a se rebelar contra Deus: a vontade de receber seus louvores e ser maior que o Altíssimo. Santo Agostinho traçou o desenho do Satã ocidental baseado nesse trecho. Milton, no seu “Paraíso Perdido” trata-o com mais detalhes. Ambos foram cruciais para formar o retrato do Mal encarnado. Mas o que existe aqui não é apenas um erro de tradução, mas de interpretação. O trecho em questão fala de Nabucodonosor, rei da Babilônia, como ele mesmo diz no versículo 4: “então, proferirás este dito contra o rei da Babilônia e dirás:...” Infelizmente essa parte é negligenciada, intencionalmente ou não, pelos que defendem o capítulo 14 de Isaías como uma revelação sobre Satã. A parte que diz “estrela da manhã” é uma metáfora com o planeta Vênus, como era conhecido por ser a última estrela – como os antigos pensavam que era – a desaparecer quando nasce o dia. Os romanos chamavam o planeta Vênus de Lúcifer (lux fero) e na tradução para o latim preferiram colocar o nome do planeta/estrela, ficando “Como caíste do céu, ó Lúcifer”. Por conta da proliferação da lenda de Satã, este trecho foi visto como uma revelação sobre os anjos caídos e sobre o nome real de Satã: Lúcifer. Talvez o fato de quase toda a população européia durante a Idade Média ter sido analfabeta tenha contribuído para a cristalização de tamanha falta de bom senso, e a dificuldade das pessoas do nosso tempo em interpretar textos tenha feito o mito perpetuar.

Também essa história de rebelião não tem nenhuma novidade. É comum nas religiões antigas essas lendas que relatam inimigos que tentam usurpar o trono dos deuses. No masdeísmo, Ahura Mazda e seus imortais sagrados, uma espécie de anjos, viva em eterno conflito com seu antípoda, Ariman e sua horda de demônios. Na Índia havia a disputa dos Assurs, espíritos do mal que queriam tomar o lugar dos Devas. Na mitologia nórdica quem ameaçava os deuses eram os gigantes e na grega, os deuses viviam ameaçados pelos poderosos titãs, forças do caos e da destruição. Assim sendo, o cristianismo apenas adaptou mitos amplamente conhecidos para explicar a natureza do mal.


Na Idade Média esta idéia distorcida a respeito do mal se proliferou. Pintado nos vitrais das igrejas e na imaginação do povo Satã se cristalizou. Inspirações divinas à parte, são interessante perguntar por que os primeiros hebreus não conheciam um perigo desta dimensão? Por que Deus só o avisou a nós, sortudos cristãos? É evidente que o Diabo é apenas uma criação dos hebreus por contato como outras culturas. Depois de tanto ser temido ganhou vida, corpo, chifres e as feições do inofensivo deus grego Pã. A palavra Diabo vem do grego "diabolos", que quer dizer "caluniador”, “acusador”. A palavra demônio também vem de uma palavra grega, "daimóm", que quer dizer simplesmente "espírito". Até onde sei-corrijan-me se eu estiver errado-sequer existe uma palavra hebráica para designar uma generalidade de entidades maléficas, vulgarmente "demônios", ou seja, eles não existiam para os hebreus. Existe sim a palavra hebraica Shatan, donde deriva o nome Satanás, que significa "obstáculo", "opositor", "contraventor", ou simplesmente "inimigo" mesmo. Mas além de não servir para outros seres, esta palavra quase não aparece no Antigo Testamento.

Partiremos agora para o lado mais filosófico da coisa. Os epicuristas perguntavam aos estóicos o seguinte dilema: “Por que Deus não destrói o Mal? Deus não destrói o mal ou porque ele não pode, ou porque não quer. Se ele quer, mas não pode então é impotente, e isto um deus não pode ser; se pode, mas não quer é cruel, e isto também um deus não pode ser; se não pode e não quer então é impotente e cruel; se pode e quer, o que é a única resposta satisfatória para esta pergunta, então por que Deus não o destrói?” Tomás de Aquino afirmou que o mal não tem uma existência real, que é sem substância, como a escuridão e a cegueira. Estes são apenas uma privação da luz ou da visão. De que é feia a escuridão? De nada, absolutamente. Também o mal é da mesma natureza, é apenas uma negação da bondade, uma ausência de bem. O filósofo alemão Leibniz seguiu o pensamento de Tomás de Aquino.

Sendo assim, se existe mesmo o tal Satã, ele foi criado por Deus e este não poderia produzir um efeito mal, pois tudo que dele provém é bom em si mesmo.
Satã só poderia se tornar O Mal se separado totalmente de Deus e do bem. Mas mesmo que tudo que ele fizesse fosse destituído de bondade, ele ainda seria bom, pois foi criado por um Deus todo-bondoso. Admitir que Satã tem uma parcela de bondade é uma heresia em religião, mas totalmente plausível se fôssemos nos basear pela razão. Sendo assim, não pode existir um mal absoluto. Mas mesmo que o tal anjo caído tivesse se distanciado completamente de Deus isso não melhoraria a situação do Altíssimo. Este, sendo onisciente, saberia desde toda a eternidade o que aconteceria se criasse Satã, saberia que ele iria se distanciar Dele e que iria se emprenhar em afastar a humanidade do criador – com êxito, ao que parece. Desta forma, como poderia Deus permitir estas coisas? De fato, ele não poderia interferir no livre-arbítrio dos anjos, mas poderia não criá-lo se soubesse o tamanho da catástrofe que isso iria causar. Também não há como mudar o que aconteceu, pois o que aconteceu já era conhecido por Deus desde a eternidade. Isso não condiz com a existência de um Deus absolutamente inteligente, poderoso e bom. Se existe Satã é porque Deus quis que ele existisse, Deus quis que ele tentasse Adão e Eva no Paraíso, Deus quis que ele desviasse seus filhos do caminho da retidão, pois poderia ter evitado tudo isso e não o fez.

Guaita ilustra melhor este pensamento no seu livro “O Templo de Satã". Ele nos joga o seguinte dilema: "Espantamo-nos que os teólogos agnósticos, que favorece tão lúgubre inépcia, mostrem-se infelizes e indignados se um amigo de lógica inflexível encosta-o à parede e lança à queima-roupa o capitoso dilema: Deus, o senhor diz, é todo-poderoso, onisciente, infinitamente misericordioso e bom. Diz por outro lado que a grande maioria dos homens está votada ao inferno... é preciso ser coerente mesmo em teologia. Então Deus quis o mal e o inferno. É em vão que se objeta a inviolabilidade do livre-arbítrio, pois o mau uso feito pelo homem se não foi previsto por Deus, sua onisciência falhou; se foi previsto e não pôde ser impedido, nego seu todo-poder; se previu e podendo evitar não o fez, contesto sua toda - bondade."

Mesmo que a Bíblia afirmasse a categoricamente a existência de Satã – o que ela não faz, uma análise dos nos mostraria que isso é impossível. Não há como um ser que foi criado bom e puro se tornar totalmente seu oposto. Se o mal não é uma coisa real e Satã é puramente mal, então ele não existe. Mas se o mal é uma coisa real, quem o criou? O Deus todo-bondoso judaico-cristão? Embora trechos da Bíblia afirmem que sim, como em Isaías 45, 7, isso parece ser contra o senso-comum daquilo que chamamos cristianismo. Melhor seria ignorar este trecho e dizer que o mal foi criado pelo anjo caído. Mas se ele tivesse criado o mal, ele seria um Criador, assim como Deus, sendo assim elevado à categoria de um deus. O Demônio, Diabo e Satanás nada mais é que uma historinha criada pela igreja para manipular as pessoas pelo medo, para melhor manipulá-las ou para que elas pudessem melhor exercer seus deveres éticos por simples medo do castigo, mas, como bem disse Bertrand Russel, “uma virtude que tem suas raízes no medo não é muito digna de ser admirada”.


REFERÊNCIAS:

REVISTA SUPER INTERESSNTE; Edição 174; março de 2002; editora Abril.
SUSSOL, Max; O Catolicismo é Um Plágio?; Coleção Revelações.
GUAITA, Stanislas de; O Templo de Satã; Editora Três; Biblioteca Planeta.
ABAGNANO, Nicola; Dicionário de Filosofia; Martins Fontes.
BÍBLIA SAGRADA-EDIÇÃO PASTORAL.
TRADUÇÃO DO NOVO MUNDO DAS SAGRADAS ESCRITURAS.
BÍBLIA SAGRADA-NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE.
BÍBLIA SABRADA; Sociedade bíblica do Brasil.
BLOOM, Harold; Presságios do Milênio.
VOLTAIRE; Deus e os Homens.

TRONQUEIRA 2

                                       Muitos são, os que chegam em um templo de Umbanda e se melindram, se assustam com as firmezas existentes na porta. Aquelas casinhas, conhecidas como tronqueiras, que tem como finalidade o assentamento das forças dos nossos exús e pombagiras.

A tronqueira é um recurso maravilhoso, colocado pelo astral em prol dos templos de Umbanda, que recebem os assistidos, na sua grande maioria, com seres trevosos à atormentá-los.

Este recurso, é no templo, um ponto de força, onde está firmado (ativado) o poder dos guardiões que militam em dimensões à nossa esquerda.

O ponto de força funciona como pára-raios, é um portal que impede as forças hostis se servirem do ambiente religioso de forma deturpada.

No astral, os exús e pombagiras, utilizam-se dos elementos dispostos na tronqueira para beneficiar os trabalhos que são realizados dentro do templo.

Com estes elementos, estes abnegados servidores da luz, anulam forças negativas, recolhem e encaminham seres trevosos, abrem caminhos, protegem, etc...

Dentro de uma tronqueira encontramos vários tipos de ferramentas (instrumentos mágicos), como tridentes, punhais, pedras, ervas, velas, bebidas, etc... cada instrumento com sua finalidade específica e tanto os exús quanto as pomba giras ativam seus mistérios nestes elementos com a finalidade de realizarem seus trabalhos espirituais.

É importante que os médiuns e os assistidos saibam da importância de uma tronqueira e que todos saibam que este ponto de força está sobre as ordens da Lei Maior.

Quando alguém deturpa este ponto de força, usando-o de forma negativa, este se torna um portal negativo. Este tipo de procedimento não é da Umbanda e sim de seitas que muitas vezes se utilizam do nome de nossa religião.

Devemos saudá-los, de forma respeitosa quando adentramos nos templos. Qualquer um pode se servir do poder desses guardiães, acenda uma vela e peça proteção e auxílio e receberá. Eles estão a serviço do Bem, da Lei Maior.



Toda a casa pode ter um tronqueira sem mesmo o dono dela seja mediun esse é um procedimento normal que todos podem invocar a qualquer hora ou dia , tomando sempre algumas precauções que mantem o ambiente livre de larvas astrais e quiumbas (espíritos sem luz).











Não é necessário ponto de ferro ou ferramenta firmada e nem imagens essa foto é meramente ilustrativa e para que tenhamos uma idéia da simplicidade agora passaremos a forma de preparação após a estrutura esteja pronta.

Obs:.

A) a mesma deve ficar a esquerda de quem entra a casa do médium ou pessoa que a construiu em caso não seja possível ele será feita do lado que for mais apropriado a frente da casa pode ser tampada se assim o desejar.
B) Em caso de apartamento podemos firmar exclusivamente na quartinha sem a necessidade de fazer a casinha daí segue os passos correspondentes.


1º) a mesma deve esta totalmente limpa de qualquer resíduo;

2º) antes de iniciar as firmezas deve-se fazer um uma limpeza com folha de manga, mamona, pimenta ou espada da mesma forma que é feito o banho de uso mediúnico só que despejado na casa para que retire se ainda houver alguma energia retida;

3º) deve se após estar seca ser firmado o ponto de Exu dentro da casinha com Pemba Vermelha ou Branca não se deve utilizar de maneira nenhuma a Pemba Preta em cultos de Umbanda, caso você ainda não tenha o Ponto ou você não seja Médium você deve utilizar o ponto cabalístico abaixo que representa a Energia Originaria da linha dos Exus.













4º) você em seguida acende uma vela vermelha em cima do ponto para Ogum pedindo que ele sendo também chefe da linha da esquerda sempre guarde os protetores daquela firmeza junto com a velas que você pretende acender caso não saiba ainda o que deve acender você pode fazer da seguinte maneira duas velas vermelhas e um preta sempre a de Ogum acima e as demais abaixo formando uma seqüência:

a) a primeira representa seu Exu Guardião seu escora;
b) a segunda representa sua Pomba Gira sua alto estima seu bem querer;
c) a terceira representa seu Exu Mirim o seu sentimento interior que as vezes está repreendido porem ele esta lá.



5º) a bebida deve ser colocada em uma quartinha de barro respeitando a seguinte ordem

a) quartinha com aba só pode ser usada para Pomba Gira;
b) quartinha sem aba é pra ser colocado a bebida do exu e exu mirim, porem você tambem pode colocar também a bebida da Pomba Gira.


6º) o charuto ou cigarro você pode colocar de pé quando der;

7º) você pode fazer caso queira a obrigação de esquerda mensal respeitando que após 24 horas a obrigação deve ser retirada do local e feito a limpeza novamente.

TRONQUEIRA

                                   Muitos são os que chegam em um templo de Umbanda e se melindram, se assustam com as firmezas existentes na porta.
Aquelas casinhas, conhecidas como tronqueiras, que tem como finalidade o assentamento das forças dos nossos exús e pombagiras.
A tronqueira é um recurso maravilhoso, colocado pelo astral em prol dos templos de Umbanda, que recebem os assistidos, na sua grande maioria, com seres trevosos à atormentá-los.
Este recurso é no templo, um ponto de força onde está firmado (ativado) o poder dos guardiões que militam em dimensões à nossa esquerda.
O ponto de força funciona como pára-raios, é um portal que impede as forças hostis se servirem do ambiente religioso de forma deturpada.
No astral, os exús e pombagiras, utilizam-se dos elementos dispostos na tronqueira para beneficiar os trabalhos que são realizados dentro do templo.
Com estes elementos, estes abnegados servidores da luz, anulam forças negativas, recolhem e encaminham seres trevosos, abrem caminhos, protegem, etc...
Dentro de uma tronqueira encontramos vários tipos de ferramentas (instrumentos mágicos), como tridentes, punhais, pedras, ervas, velas, bebidas, etc...
cada instrumento com sua finalidade específica e tanto os exús quanto as pomba giras ativam seus mistérios nestes elementos com a finalidade de realizarem seus trabalhos espirituais.
É importante que os médiuns e os assistidos saibam da importância de uma tronqueira e que todos saibam que este ponto de força está sobre as ordens da Lei Maior.
Quando alguém deturpa este ponto de força, usando-o de forma negativa, este se torna um portal negativo.
Este tipo de procedimento não é da Umbanda e sim de seitas que muitas vezes se utilizam do nome de nossa religião.
Devemos saudá-los, de forma respeitosa quando adentramos nos templos.
Qualquer um pode se servir do poder desses guardiães, acenda uma vela e peça proteção e auxílio e receberá.
Eles estão a serviço do Bem, da Lei Maior.
Toda a casa pode ter um tronqueira sem mesmo o dono dela seja médium esse é um procedimento normal que todos podem invocar a qualquer hora ou dia, tomando sempre algumas precauções que mantém o ambiente livre de larvas astrais e quiumbas (espíritos sem luz).
Como se faz uma tronqueira.
Existem muitas formas bonitas de fazer, mas como somos e pregamos a humildade a mais comum são apenas alguns blocos e uma telha ou qualquer coisa que não seja inflamável para cobrir a casinha dos exus vamos falar assim não é necessário ponto de ferro ou ferramenta firmada e nem imagens essa foto é meramente ilustrativa e para que tenhamos uma idéia da simplicidade agora passaremos a forma de preparação após a estrutura esteja pronta.

Obs:.
A) a mesma deve ficar a esquerda de quem entra a casa do médium ou pessoa que a construiu em caso não seja possível ele será feita do lado que for mais apropriado a frente da casa pode ser tampada se assim o desejar.
B) Em caso de apartamento podemos firmar exclusivamente na quartinha sem a necessidade de fazer a casinha daí segue os passos correspondentes.
1º) a mesma deve esta totalmente limpa de qualquer resíduo;
2º) antes de iniciar as firmezas deve-se fazer um uma limpeza com folha de manga, mamona, pimenta ou espada da mesma forma que é feito o banho de uso mediúnico só que despejado na casa para que retire se ainda houver alguma energia retida;
3º) deve se após estar seca ser firmado o ponto de Exu dentro da casinha com Pemba Vermelha ou Branca não se deve utilizar de maneira nenhuma a Pemba Preta em cultos de Umbanda, caso você ainda não tenha o Ponto ou você não seja Médium você deve utilizar o ponto cabalístico abaixo que representa a Energia Originaria da linha dos Exus.
O garfo representa a Cruz de Cristo com os Braços voltados pra cima implorando o perdão de Zambi (Deus), a reta cruzando o garfo representa a ligação que ele tem direta com o Elemento Terra linha dos Mortos ou Desencarnados, essa linha curva cruzando o garfo representa a manifestação entre o Bem e o Mau dependendo da forma que você os invocou, representa também que mesmo sendo seu guardião o mesmo braço que te escora e te levanta pode te botar pra baixo ou te derrubar isso só depende de uma coisa a sua consciência.
4º) você em seguida acende uma vela vermelha em cima do ponto para Ogum pedindo que ele sendo também chefe da linha da esquerda sempre guarde os protetores daquela firmeza junto com a velas que você pretende acender caso não saiba ainda o que deve acender você pode fazer da seguinte maneira duas velas vermelhas e um preta sempre a de Ogum acima e as demais abaixo formando uma seqüência:
a) a primeira representa seu Exu Guardião seu escora;
b) a segunda representa sua Pomba Gira sua alto estima seu bem querer;
c) a terceira representa seu Exu Mirim o seu sentimento interior que as vezes está repreendido porem ele esta lá.
5º) a bebida deve ser colocada em uma quartinha de barro respeitando a seguinte ordem
a) quartinha com aba só pode ser usada para Pomba Gira;
b) quartinha sem aba é pra ser colocado a bebida do exu e exu mirim, porem você tambem pode colocar também a bebida da Pomba Gira.
6º) o charuto ou cigarro você pode colocar de pé quando der;
7º) você pode fazer caso queira a obrigação de esquerda mensal respeitando que após 24 horas a obrigação deve ser retirada do local e feito a limpeza novamente.
Mais sobre o Assunto
A Casa de Força é o segundo local chave do Terreiro, onde são movimentadas energias com finalidades de defesa, ataque, magísticas, tanto pelos médiuns, quanto pelos Exús. Assim, igualmente como o Congá, sempre deve estar iluminado e absolutamente limpo. Recomenda-se que a Casa de Força seja um cubo com 0,90 X 0,90 X 0,90. Se for maior do que isto, para se ficar lá dentro, fica a critério e sob responsabilidade de cada um. O piso deverá ser o próprio chão (sem cimento, poderá ser coberto com pelotas de argila) e suas paredes internas deverão ser pintadas na cor cinza.
Independentemente da onde ficar a porta da Casa de Força, os elementos têm de respeitar os pontos cardeais, tomando-se por base o Cardeal Leste (Nascente do Sol). Recomenda-se utilizar uma bússola para que se tenha a posição exata do Norte, Leste, Sul e Oeste. Recomenda-se também, que a Tronqueira fique próximo a entrada do Terreiro ou do Santuário.

No seu centro, cava-se um buraco com aproximadamente 40 cm de profundidade e 30 cm de diâmetro (guarda-se a terra). No buraco, coloca-se na seguinte seqüência:
Realiza-se a prece;
Água pura – 1 litro aproximadamente;
Realiza-se a prece;
Pó de ferro – Se não conseguir em uma serralheria, substitui-se por 78 agulhas de aço;
Realiza-se a prece;
Água pura – ½ litro;
Carvão vegetal ou mineral – Aproximadamente 1 a 2 kg;
Realiza-se a prece;
Água pura – ½ litro;
Sal grosso – 2 kg;
Realiza-se a prece;
Água pura - ½ litro;
Areia da praia (mar ou rio) – 2 a 3 kg
Realiza-se a prece;
Água pura – ½ litro;
Terra (aquela que era do buraco) – 2 a 3 kg
Realiza-se a prece;
O sumo e ervas maceradas relativas ao Exú Guardião do Terreiro e ao Exú correspondente a Vibração Original do Médium-Chefe;
Arremata-se o buraco com parte da terra que fora retirada. O que sobrar, pode espalhar dentro da Tronqueira.
Sobre o buraco, coloca-se apenas uma tábua de 40 X 40, com o Ponto Riscado do Guardião do Terreiro;
Faz-se a invocação do Guardião do Terreiro e do Guardião correspondente a Vibração Original do Iniciado;
No meio, finca-se um ponteiro de aço (20 a 30 cm); Colocam-se os metais e pedras relativas aos Guardiões;
Colocam-se as bebidas e os elementos sobre o Ponto Riscado;
Coloca-se a aguardente nas quartinhas, no sentido horário (a primeira será a que estiver do lado esquerdo, próximo a porta da Tronqueira). Enche a quartinha até transbordar e derramando pelo chão, enche a seguinte, e assim por diante. Se for necessário, use mais de uma garrafa. Sobrando aguardente, espalha-se a sobra sobre o chão da casa de força, tomando o cuidado de não molhar a tábua com o Ponto Riscado;
Acende-se a vela de sete dias no centro do Ponto Riscado;
No sentido horário, começando pela de cima, acende-se as três velas simples (estas só serão acesas no assentamento da Casa de Força, nos dias de Giras públicas ou internas e quando acharem conveniente) para a Coroa da Encruza, que é formada pelos Exús: Exú Sr. das 7 Encruzilhadas, Exú Sra. Pomba Gira e Exú Sr. Tranca-Ruas. Entretanto, mesmo que seja para invocá-los, os demais Exús de Lei devem ser invocados também;
Acende-se um charuto e bafora-se 7 vezes dentro da casa de força e o deixa depositado sobre o pires de barro, com o lume virado para fora. Se não usar charuto, basta acender um incenso.
Saúda-se a todos os Exús e em especial o Guardião do Terreiro. E, está pronto!
Observação: Do item 22 ao 28, toda vez que for manutenção da casa de força. Os itens 20 ao 22, quando for limpar a tábua por algum motivo e no dia de alimentação do Axé.
E os demais itens.
No mínimo, uma vez por semana ou mais vezes se for necessário, faz-se a sua manutenção, substituindo-se os elementos. E, uma vez por mês, no terceiro dia da Lua Nova, alimenta-se o Axé. Retira-se o Ponto Riscado e despeja-se o sumo da ervas do Guardião do Terreiro e do Exú Guardião relativo a Vibração do Médium-Chefe (as folhas maceradas podem ser devolvidas à natureza) sobre a terra.
O Ponto Riscado do Guardião poderá ser pintado com tinta branca ou riscado com Pemba.
Elementos
CARDEAL LESTE
(Independentemente da onde se situa a porta da Tronqueira)

Quartinha masculina (sem asas) de barro com cachaça;
Taça masculina de vidro ou cristal sem marcas ou desenhos (taça usada para vinho branco ou tinto), com a bebida do Exú Guardião do Terreiro;
Taça feminina de vidro ou cristal sem marcas ou desenhos (taça de champanhe aberta), comchampanhe ou sidra;
Cambuca pequena de barro, com pó de café;
Cambuca pequena de barro, com azeite de dendê;
Cambuca pequena de barro, com farinha de mandioca não torrada;
Cambuca pequena de barro, com sal grosso ou fino;
Vela de sete dias branca, sobre um pires de barro;
1 Ponteiro, metais e pedras relativas ao Exú Guardião do Terreiro e relativo ao Exú Guardião da Vibração Original do Médium-Chefe;
Velas finas brancas sobre pires de barro, para serem colocadas e iluminadas em dias de Giras Internas e Públicas;
Cambuca ou pires de barro para pousar um charuto aceso (com o lume voltado para fora). Pode-se substituir por um incenso de arruda ou guiné ou cânfora.
Observação: Por se tratar de um local de movimentação intensa de energias, não deixar nada mais do que isso dentro da Tronqueira. A exceção das duas taças de vidro ou cristal (masculina e feminina), os demais objetos têm de ser sempre de barro. Sempre que for fazer a manutenção da Tronqueira, cuidado com o que estiver pensando.
Axé a todos Irmãos de Fé
Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com

SINCRETISMO RELIGIOSO ORIXÁS - SANTOS CATÓLICOS



                                                                       

 Oxalá, Orixalá, Obatalá – Jesus Cristo (Os Mecanismos da Fé)

 Oiá-Tempo, Logunan – Santa Clara (O Trono do Tempo)
                                
Oxum – Nsa. Sra. Da Conceição e Nsa. Sra. Aparecida / Oxumaré – São Bartolomeu


 Oxossi – São Sebastião / Oba – Joana D’ Arc

 Xangô – São João Batista / Yansã – Santa Bárbara / Ogum – São Jorge / Egunitá – Santa Sara Kali

 Obaluaiyê – São Lázaro / Nana Buroquê – Santa Ana

 Yemanjá – Nsa. Sra. Dos Navegantes e Nsa. Sra. Das Graças / Omulu – São Roque
                                                        
                                                                         
A palavra “congá” é de origem banto e é utilizada no ritual de umbanda para denominar o “altar sagrado” do terreiro. Este altar é composto de imagens de santos católicos, caboclos, preto-velhos, e outros elementos.
O congá, normalmente, situa-se no fundo do terreiro, de frente para o público. É composto por uma mesa onde ficam as imagens e outros apetrechos religiosos e tem relação estreita com o que está embaixo: os assentamentos ou os fundamentos do terreiro.
Sua disposição é diversificada, podendo haver imagens de Jesus Cristo, de santos, de guias, de anjos, ou símbolos representativos destas entidades, além de flores, copos com água, velas, pedras e livros. Um ponto em comum é a ausência de imagens de exu e pomba-gira. O congá, muitas vezes, é chamado de altar, em referência ao altar cristão.
O objetivo de se ter um altar num templo religioso é que ele se torna um ponto de força poderosa ao local, funcionando eletricamente como um portal, irradiador de energias positivas e facilitando o contato com esferas espirituais e dimensões paralelas à nossa, o que já é um fundamento.
Um dos elementos mais usados e primordiais a um altar são as velas e podemos dizer até que dão vida ao altar. A vela tem o objetivo de captar as irradiações positivas que chegam de forma vertical (do alto) e os coloca em horizontal, assim nos deixando de frente com o Criador e divindades que assistem.
As velas colocadas (firmadas) com amor e fé estabelecem um elo de ligação maior e abrem o acesso à dimensão divina habitada por entidades. Assim como a vela ao “anjo da guarda” fortalece a influência benéfica que o mesmo exerce sobre nós.
As estátuas ajudam a elevar as vibrações mentais, pois ao olhar para elas começamos a nos lembrar da doutrina salutar e ensinamentos associados, aumentando a conexão da pessoa com tudo o que a estátua representa.
As pedras são condensadoras de energia e possuem vibração única, podendo trazer a força da natureza e dos sítios, aos quais foram retiradas, para dentro do ambiente e têm ligação com encantados da natureza que trabalham para a harmonização das vibrações do planeta. Diferentes pedras trazem energias diversas, por isso devemos estudá-las para conhecê-las.
A água é o principio da vida e da geração e o melhor veículo para o trato interno de nosso corpo. Podemos pedir às divindades que nos assistem para fluidificarem a água durante um ritual feito com fé e amor, onde a água passa a absorver essências etéricas que muito nos ajudará em todos os sentidos.
As flores e as ervas trazem as essências balsâmicas e curadoras que agem tornando o ambiente muito mais “leve” e benéfico. Trazem a ligação com o “espírito coletivo” ao qual fazem parte e se bem tratadas aumentam nosso benefício em sua convivência.
Os utensílios religiosos e magísticos, como os colares de contas (guias), espadas, cálices, podem ser consagrados e ter no congá um local seguro para sua purificação a partir de onde recebem uma força e sentido único.
Assim, vimos que o congá tem grande importância nos terreiros de umbanda. Vamos respeitá-lo pelo que ele significa.
Imaginem uma Usina de Força. Assim é o Templo Umbandista. Agora imaginem esta usina com três ou mais núcleos de força, cada qual com uma ou mais funções neste espaço de caridade. Pois bem, o Congá é um deste núcleos de força, em atividade constante, agindo como centro Atrator, condensador, Escoador, Expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo.‘
É ATRATOR porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos.
É CONDENSADOR, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicoesfera dos presentes.
É ESCOADOR, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (pára-raio) comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético.
É EXPANSOR pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo.
É TRANSFORMADOR no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade.
É ALIMENTADOR pelo fato de ser um dos pontos do terreiro a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá (Núcleo de Força).Não, irmãos umbandistas, o Congá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados de forma aleatória, atendendo a vaidade de uns e o devaneio de outros. Congá dentro dos Templos Umbandistas sérios tem fundamento, tem sua razão de ser, pois que pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão dos mentores de Aruanda.
Portanto, o Congá não deve ser visto como mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados de forma aleatória, atendendo a vaidade de uns e o devaneio de outros. Congá dentro dos Templos Umbandistas sérios tem fundamento, tem sua razão de ser, pois é pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sempre sob a supervisão da espiritualidade.
Fontes: http://tate-umbandaeseusmisterios.blogspot.com/

terça-feira, 17 de julho de 2012

CHACRAS E ORIXÁS

· Os Orixás e seus chacras correspondentes seriam:

OXALÁ: Chacra Coronal
YEMANJÁ: Chacra Frontal
YORI: Chacra Cervical
XANGÔ: Chacra Cardíaco
OXOSSÍ: Chacra Esplênico
OGUM: Chacra Solar
YORIMÁ: Chacra Genésico








Cada chacra está ligado a um sinal relativo a determinado Orixá que o comanda. Em rituais secretos, conhecidos apenas por certos iniciados, tais sinais tem a função de harmonizar e ajustar o indivíduo consigo mesmo.




CHACRA CORONAL


· Situa-se no alto da cabeça, sendo o mais brilhante de todos os chacras, além de ter uma construção diferente, possuindo novecentos e sessenta raios, além de um vértice com doze ondulações.

· De cor branca com núcleo dourado, quando em atividade completa, mostra-se o mais resplandecente, dando ao indivíduo a capacidade de se comunicar com os planos superiores, um canal direto com o plano mental sem precisar ter contato com as camadas mais grosseiras do plano astral.

· As imagens das igreja, onde se vêem os santos com a famosa aureola brilhante ao redor da cabeça, não trata-se de simples alegoria para torna-los mais atraentes.

· É antes, uma representação mais rústica de uma verdade oculta: os iluminados tem sempre uma grande mecha de luz sobre a cabeça, que refulge raios multicoloridos, devido a altíssima velocidade vibracional do chacra coronal.

· Por se relacionar às esferas superiores, é a chamada porta da divindade e somente o homem de puros pensamentos e conduta correta a tem abertura e consegue vislumbrar as energias que nos guardam. Este é o chacra de Orixalá.

· As entidades desta linha dificilmente se manifesta, só fazendo quando encontram condições no médium limpo moral e mentalmente.

· Por ser chacra de tão elevada importância é que na UMBANDA não se utilizam as chamadas feituras de cabeça, uma vez que trata-se de um assentamento sagrado, onde não é saudável colocar elementos como sangue, que é um chamariz de seres de baixa vibração, os quais chegam a tomar conta deste canal energético, em muitos casos levando a pessoa à loucura.

· Aqueles que são médiuns devem evitar que outras pessoas coloquem as mãos sobre suas cabeças, para que não haja um desnível energético, uma vez que as mãos são elementos de emissão de energia.



CHACRA FRONTAL


· Este chacra situa-se no meio da testa, um pouco acima dos olhos. Possui 96 raios, dos quais quarenta e oito são rosados e quarenta e oito azul-púrpura. Tem a importância de deixar fluir a energia para a glândula pineal ou hipófise, localizada no interior da cabeça.

· Quanto mais desperto o chacra frontal, maior será a clarividência da pessoa. Esta verá mundos paralelos ao nosso, podendo inclusive ver mundos que não deve, principalmente se tiver algum desvio moral ou psíquico.

· Geralmente os alcoólatras, viciados em drogas, tem alucinações, vendo certos monstros ou pessoas mortas.

· Isto se dá por uma disfunção grave no chacra, que passa a funcionar de forma desordenada, girando ora rápido, ora devagar, e fazendo, é claro, o indivíduo ver as próprias entidades que atraiu para si.

· Sobre o chacra frontal, nos diz Molinero, em “ O Ioga Secreto”: De todos os chacras de força este é o mais conhecido somaticamente. No oriente, todas as estátuas de divindades, o tem marcado sobre a fronte, seja na forma de um olho, seja uma fenda ou uma pedra preciosa que se realça em uma jóia, pedra essa que geralmente é um rubi, por se tratar de um centro ígneo.

· Os japoneses, por sua vez, o representam com uma forma característica de proeminência, similar a um quisto sebáceo ou hematoma.

· Nenhum outro centro foi tão detectado pelos escultores e pintores de todas as épocas e, inclusive se a observarmos atentamente, notaremos como que por efeito da luz, uma sombra esbranquiçada na fronte da pessoa, exatamente onde está posicionada a mencionada chacra.

· Quanto à vista normal, basta dirigi-la com um pouco de atenção, para podermos observar em todas as pessoas, sem qualquer preparação de luz, ambiente ou concentração, o sinal característico do nosso olho, isto é, uma mancha diferente do resto da pele no centro da nossa testa, com o tamanho aproximado de uma moeda (...) embora um pouco ovoidal.

· Como se pode observar, o conceito de “terceiro olho” é muito difundido pelo mundo, tanto no folclore de vários países, como na literatura ocultista e mesmo em determinados mitos, como o de criaturas fantásticas, tais como o ciclope.

· Talvez seja apenas o reflexo coletivo de uma verdade única, esquecida, uma pequena arejada na memória, que vem de tempos em tempos em forma de lendas e histórias tentar fazer parte dos conceitos estabelecidos como reais na nossa sociedade atual.

· O chacra frontal está ligado ao Orixá Yemanjá. Estas entidades raramente incorporam, apenas assistindo e trabalhando no astral pelos seres humanos.


CHACRA LARÍNGEO


· Encontra-se na região da garganta e tem dezesseis raios, sendo oito em atividade quando não despertos. Possui uma cor mista de azul e prateado. Quando em atividade outorga ao místico o dom da clariaudiência, sendo este capaz de ouvir vozes astrais, que lhe sugiram idéias de todos os tipos, além de música e outros sons agradáveis ao espírito.

· Muito ligado a emoção, este chacra, por situar-se na garganta, geralmente nos traz a sensação de aperto, quando nos encontramos em situação de difícil controle emocional, a famosa “mudez” dos estados de tensão.

· Este chacra está submetido à vibração de Orixá Yori e as entidades desta linha se manifestam como crianças, embora na realidade, sejam espíritos de altíssima vibração, grandes magos brancos que apenas por humildade se deixam tratar como crianças desencarnadas, pois que respeitam a mentalidade dos que o tratam desta forma.

· Por usarem o chacra laríngeo nas suas manifestações, é que o trazem a voz infantil, aliada a uma profunda preparação psicológica para que sejam melhor aceitos nos meios em que se manifestam. Mas convém aos médiuns saberem como tratar e lidar com estas entidades, evitando certos tratamentos esquisitos, como dar bronca e aconselha-las a se comportarem, mesmo que estejam quietas no seu lugar.

· Há também os médiuns que (as vezes até mesmo de forma inocente) por serem não tão esclarecidos, deixam sua própria criança interior aflorar e cometem ações como jogar refrigerante nos outros, guerra de bolo, etc.

· É preciso tomar-se consciência da importância destas entidades, de seu trabalho e respeita-lo, um vez que são trabalhadores do astral que buscam elevar-nos no caminho do espírito.


CHACRA CARDÍACO


· Localiza-se no peito, assentado onde no corpo físico está o coração. Tem doze raios, dos quais apenas seis estão ativos nas pessoas sem desenvolvimento interior. Sua cor é amarelo-ouro e contribui estimulando a atividade emocional.

· Antigos filósofos diziam ser o centro cardíaco a sede de uma energia cósmica chamada “NOUS”. Esta energia, como muitas outras, se propaga pelo Universo através de vibrações. Novamente passaremos a palavra de forma de elucidar melhor nossas intenções. Para que possamos entender profundamente o conceito de vibração, transcrevemos um texto de Albert Einstein: “O que é uma onda? Um boato lançado em Washington chega muito rapidamente a Nova York, embora nenhuma só das pessoas que se incumbiram de espalha-lo tenha viajado entre estas duas cidades.

· Estão envolvidos dois movimentos inteiramente diferentes: o do boato, de Washington a Nova York e o das pessoas que o espalharam. O vento, passando sobre um campo de trigo, cria uma onda que se espalha sobre o trigal. Devemos novamente distinguir aqui, entre o movimento de onda o das plantas esperadas, as quais sofrem apenas pequenas oscilações. Todos já vimos as ondas que se espalham em círculos cada vez maiores quando uma pedra é jogada numa poça d’água. O movimento da onda é muito diferente dos das partículas de água. Estas se movem simplesmente para cima e para baixo. O movimento da onda observado, é o de um estado de matéria e não da matéria em si.

· Uma rolha flutuando sobre a onda mostra isso claramente, pois se move para cima e para baixo, em uma imitação do movimento real da água, em vez de ser levada pela onda. Afim de compreender melhor o mecanismo da onda, consideremos novamente uma experiência realizada. Suponhamos que um grande espaço esteja bem uniformemente enchido com água, ou ar ou qualquer outro meio. Em algum ponto no centro, encontra-se uma esfera. No inicio da experiência não há movimento algum. Repentinamente a esfera começa a ‘respirar’ ritmadamente, expandindo ou contraindo seu volume, embora mantendo sua forma esférica. Que acontecerá com o meio? Começamos o nosso exame no momento em que a esfera começa a se expandir. As partículas no meio da vizinhança imediata da esfera são empurradas para fora, de modo que a densidade do envoltório esférico da água, ou de ar, conforme o caso, é aumentado acima do seu valor normal. Similarmente, quando a esfera se contrai, a densidade da parte do meio imediatamente circundante diminuirá. Essas alterações de densidade se propagam por todo o meio. As partículas constituintes do meio realizam apenas pequenas vibrações, mas o movimento em seu todo é o de uma onda progressiva. A coisa essencialmente nova aqui, é que, pela primeira vez, consideramos o movimento de algo que não é a matéria, mas a energia propaga através da matéria.

· Usando o exemplo da esfera pulsante, podemos introduzir dois conceitos físicos gerais, importantes para a caracterização das ondas. Dependerá do meio, sendo diferente para a água e para o ar, por exemplo. O segundo conceito é o do comprimento da onda. No caso das ondas do mar ou em um rio, é a distancia entre a cava de uma onda e a da onda seguinte. Portanto as ondas do mar tem mais comprimento de onda que as ondas do rio, no caso de nossas ondas formadas por uma esfera pulsante, o comprimento de onda é a distancia em algum tempo no grau de exatidão.”

· Por essa explicação pode-se compreender mais aprofundamente, se bem que de forma mais simples, através de comparações, como as energias chegam até nós, percorrendo dimensões e distancias incríveis. Há em toda parte a energia vital, a presença eterna da fagulha de Deus em todas as coisas. A esta energia, os antigos sábios denominaram Nous, que é uma força indiferenciada, passiva e ativa ao mesmo tempo, criadora e transformadora, e que no homem, se manifesta através do chacra cardíaco.

· Este chacra está afeito à vibração de Xangô, e quando desperto concede ao homem a sabedoria integral e divina, a força a humildade. As entidades de Xangô sempre se apresentam com um porte ereto, exatamente por usarem este chacra, que faz com que o corpo do médium adquira uma posição correspondente ao atributo que possui.


CHACRA ESPLÊNICO


· Este chacra está localizado na área correspondente ao baço, contando com seis raios ou pétalas giratórias no sentido anti-horário. Nas pessoas de pouca evolução interior, estão ativos apenas três destes raios e uma vez desenvolvidos, acontece um grande equilíbrio no sistema nervoso e na temperatura normal do corpo.

· A iluminação e desenvolvimento deste chacra só acontece com uma síntese perfeita entre corpo, alma e espírito. Todos os sentimentos vis, as ilusões, paixões e vícios são barreiras fortíssimas que impedem seu desenvolvimento total ou satisfatório, havendo, portanto, nas pessoas envolvidas com vícios de forma irreversível, um grande descontrole no nível energético deste chacra, o que acarreta uma falência áurica e psíquica estrondosa, verdadeiro chamariz de entidades-vampiros e de baixa vibração.

· Numa pessoa saudável, o chacra esplênico trabalha abundantemente, produzindo tantas partículas que chega até mesmo a se sobrecarregar de força vital. Quando isso ocorre o aura se encarrega de descarregar o chacra em todas as direções trazendo vibrações de saúde e vigor às outras pessoas que estiverem a volta. Os passes magnéticos obedeceriam este principio, só que neste caso, de forma direcionada.

· Mas há pessoas incapazes de produzir e “fabricar” suas próprias partículas energéticas de forma satisfatória, havendo uma produção baixa de energia para seu próprio consumo. Tais pessoas nestas condições atuam como uma espécie de esponja, vampirizando a vitalidade dos outros de forma até mesmo inconsciente, mas que trazem danos consideráveis as suas vítimas.

· Aqui a explicação de por vezes, sentirmos um certo cansaço ou indisposição quando perto de pessoas que também aparentam uma certa fraqueza, mas que se revitalizam quando na presença de outros mais fortes.

· A aura tem a finalidade de proteger a pessoa contra possíveis agressões de ordem astral na forma de germens que causam diversas doenças no corpo físico. Na criatura saudável, as partículas dos chacras são expulsos do corpo em linha reta, ficando inteiramente livre de más vibrações que podem acarretar, no principio, a fadiga, o mal estar, e logo o reflexo disso tudo na forma de doenças que podem se transformar em algo de patologia mais grave,

· Devido a excessos, a fadiga excessiva, ânimo irregular, depressão e outras causas físicas e psicológicas, o corpo vai necessitar de uma quantidade maior de energia para repor suas perdas. Essa debilidade começa a “dobrar” as linhas de proteção da aura, tornando o corpo suscetível aos ataques dos germens que logo se refletem e se instalam no corpo físico.

· Quando desenvolvido, o centro esplênico revitaliza o aura, deixando realmente a pessoa livre de estados depressivos que possam derrubar suas defesas naturais.

· Este chacra está ligado à vibração de Oxossi e as entidades desta vibração o utilizam como canal principal de ligação, apesar de utilizarem outros chacras de forma mais branda, como complemento à mediunização. Sua cor, em origem é o azul.


CHACRA SOLAR OU GÁSTRICO


· O chacra solar situa-se na região próxima ao umbigo, tendo como correspondente físico os órgãos digestivos relativos à área do estomago e anexos. Tem dez raios ou pétalas, das quais apenas cinco funcionam nos não desenvolvidos interiormente.

· Tem cores amarelas e verdes no homem normal, sem seqüelas físicas ou morais e exerce controle sobre o fígado, estomago e todas as funções digestivas.

· Está ligado às diversas emoções e torna o ser humano sensível as mais variadas vibrações, sejam elas agradáveis ou não. Pessoas nervosas muitas vezes tendem a apresentar graves problemas estomacais, tais como úlceras, ou mesmo gastrites mais pronunciadas. A maior parte delas sempre se queixa de uma “queimação” no estomago, que logo se transforma em azia, devido a crise nervosas tende a apresentar uma diminuição energética, o que acarreta tais crises em quem não consegue manter controle sobre suas próprias emoções.

· É verdade que numa grande cidade tais problemas são realmente quase impossíveis de se evitar, por isso sempre se recomenda ao umbandista visitar sítios naturais, onde além de haurir para si uma nova vitalidade oriunda de elementos em sua pureza, ajuda muito no combate ao stress causado pela turbulência urbana. A calma e o domínio dos sentimentos são fatores importantíssimos para os que trazem a missão de serem médiuns, pois lidam com aqueles que buscam consolo e amparo, além é claro, de formarem uma ponte límpida entre si e a entidade a que está sob tutela.

· Cabe aqui o que diz Harold Sherman em seu livro “Como Aproveitar a Percepção Extra-Sensorial”: O leitor já esteve com homens e mulheres dominados por seus sentimentos, com pouco controle sobre as emoções, que se mostram desajustados, incertos, e indecisos. Tais pessoas estão perdidas em um mar de emoções sem controle, de modo que os diversos níveis se encontram em estado de confusão e falta de sintonia. Sob tais condições, podem ocorrer alucinações, e os medos poderão teatralizar-se em sonhos e visões irreais, que talvez sejam tomados erroneamente por realidade. Este motivo porque o aperfeiçoamento verdadeiro da mente deve começar com o controle adquirido sobre nossas emoções. Se assim não for, o indivíduo talvez se torne presa de todos os tipos de INFLUÊNCIAS E FORÇAS AO REDOR.

· Quando você tem o controle sobre sua mente e emoções, está presidindo a um mecanismo mental de enorme sensibilidade, reagindo de maneira instantânea até mesmo ao acontecimento mais banal que lhe ocorra. Mas se por meio de lesão cerebral, certos tipos de doenças, alcoolismo, toxicomania, influencia hipnótica, esgotamento nervoso, abatimento mental ou a entrega de seu arbítrio a qualquer individuo ou força, tal controle for perdido, a maquinaria de sua mente poderá desmontar. Poderá leva-lo a cometer todos os tipos de atos inexplicáveis, às vezes de natureza tresloucada, criminosa ou destruidora.

· Será de admirar portanto que o homem – sujeito a tantos tipos diferentes de tensões e pressões venha a descobrir que a sua ameaça maior à saúde seja a enfermidade mental? Por infortúnio, muitos homens e mulheres que tem vivencias extra sensoriais indubitáveis, NÃO TÃO EQUILIBRADOS QUANTO DEVERIAM SER (...) controlar incumbências em nossas vidas. Tal controle, entretanto, deve ser nosso objetivo diário. O impacto de emoções descontroladas sobre nossos corpos e mentes é sempre destruidor, afetando de modo diverso não apenas nossa saúde como raciocínio, decisões, o nosso poder de agir pronta e sabiamente nos momentos de crise.”

· Em muitos terreiros pede-se ao corpo mediúnico que se esqueça os problemas de casa no momento da gira, para que haja uma incorporação mais positiva, sem as vibrações de preocupação acompanharem e poluírem o ambiente com pensamentos negativos e pesados.

· Quando iluminado, o centro ou chacra solar produz o controle total das emoções no ser humano. Passam a encarar a vida por um ângulo mais brando as pessoas antes tidas como nervosas ou preocupadas; já as pessoas consideradas frias e céticas em muitos pontos, passam a se descobrir e a descobrir fatores importantes dentro do sentimento alheio por extensão passando a respeitar tais sentimentos com nobreza.

· O chacra está sob a vibração de Ogum. Essas entidades se manifestam como se tivessem uma grande força energética, dotadas de uma rigidez canalizada para a firmeza e o caráter. São tidas como combativas e de grande domínio sobre as questões relativas ao desmanche de trabalhos de magia-negra.


CHACRA GENÉSICO OU SACRO


· Este chacra encontra-se na base da coluna vertebral e está ligado aos órgãos sexuais, sendo este responsável por sua vitalidade. Possui quatro raios ou pétalas que giram no sentido contrário aos ponteiros do relógio. Quanto mais for estimulado, mais depressa seus raios girarão, durante o qual várias partículas energéticas são soltas, vitalizando o sangue e o corpo astral. Seu bom funcionamento produz entusiasmo, ânimo, força e resistência física e mental e traz boa disposição ao sistema nervoso. Quando mal ativado, traz o abatimento e a fraqueza física e moral.

· É de cor vermelha-escura, com tons laranja. As pessoas de pouca evolução interior tem apenas dois raios ativados. Os outros dois vibram bem pouco e não brilham tanto. Neste caso, suas partículas energéticas apenas vitalizam o sangue, sendo sua parte psíquica pouco desenvolvida. Entenda-se como parte psíquica todo aquele aspecto relacionado às forças que se encontram ocultas e latentes dentro de nossa estrutura astral.

· Quando este chacra é ativado e se ilumina, todos os seus raios se ativam em sua força total, havendo aí a chamada iluminação, que é quando todas as portas astrais se abrem para a visão e o contato, estando assim o indivíduo em condições de se ligar a outros planos facilmente.

· Mas isso só acontece em caráter positivo quando o indivíduo possui uma moral límpida e um caráter correto, isento de falhas e sentimentos negativos. Nesse caso, dizemos que ocorreu a ascensão de Kundalini.

· Kundalini é uma energia que funciona em todo ser humano, em maior ou menor grau, energia esta que percorre toda a coluna vertebral até o cérebro, mantendo todo o organismo astral em perfeito funcionamento e vitaliza os outros chacras, além de emitir uma quantidade considerável de energia fortalecedora ao médium, para preveni-lo de choques astrais.

· Este chacra está sob a influência direta de Yorimá, por isso as entidades desta faixa vibratória (os Pais-Velhos) o utilizam com mais freqüência, além de utilizarem outros com menos intensidade. É por isso que vemos os médiuns se curvarem quando da atuação destas entidades. Por utilizarem mias freqüentemente o chacra básico, é como se os outros chacras perdessem um pouco de sua função e força, ficando quase sem atividade, utilizados apenas para as funções secundárias, dentro da forma como se manifestam em seus médiuns.

· Os Pretos-Velhos trazem os atributos positivos da atividade deste chacra em seu próprio comportamento, ou seja, se manifestam como entidades humildes, e simples, verdadeiros exemplos de caridade e benevolência.



Para OXALÁ: o branco
Para OGUM: o vermelho
Para OXOSSI: o verde
Para XANGÔ: o marrom
Para YORIMÁ: o violeta
Para YORI: o rosa e o azul
Para YEMANJÁ: o azul turquesa